
Pedro Abrunhosa
Pedro Abrunhosa: “Surpreende que o partido que governa o país, com desgaste diário, se mantenha como provável vencedor das legislativas”
15.03.2021 às 11h45
Numa altura em que se assinala um ano de covid-19 em Portugal, Pedro Abrunhosa atribui à eficácia do Sistema Nacional de Saúde a manutenção do governo PS, apesar do ambiente de “desgaste diário que o combate à pandemia traz a qualquer liderança”
"A vida depois do ano 1 da covid". Num artigo de opinião com este título, escrito para a revista "Notícias Magazine", Pedro Abrunhosa estabelece uma comparação entre a evolução da pandemia de covid-19 nos Estados Unidos e em Portugal, e a forma como a mesma afetou o Governo de um e outro país.
"A primeira liderança a ruir às mãos destes trágicos indicadores foi a Administração Trump, que desde o início menosprezou a vaga pandémica. A Natureza, com a força implacável do vírus, encarregou-se do desmentido. Trump pode ter errado em muitas frentes, mas foi esta que lhe custou a reeleição", escreve o músico do Porto.
Em Portugal, pelo contrário, "apesar de os valores de mortalidade não divergirem muito dos norte-americanos (...), o PS ganharia de novo folgadamente as eleições. Não deixa de ser surpreendente que o partido que governa o país há dois mandatos consecutivos e que enfrenta o desgaste diário que o combate à pandemia traz a qualquer liderança, se mantenha como provável vencedor das próximas legislativas", considera Pedro Abrunhosa.
Para o autor de "Viagens", a razão de tal acontecer é "a eficácia reconhecida por todos ao Sistema Nacional de Saúde".
Comparando a abrangência do SNS em Portugal à prevalência dos seguros privados de saúde nos Estados Unidos, Pedro Abrunhosa conclui: "Parece-me elementar concluir que a saúde, ao lado da justiça, da educação e da cultura, quer-se essencialmente como bem público e que é isso que, na sua maioria, as populações desejam e a defesa de tal paradigma será o que sustentará a proposta ganhadora nas próximas eleições."
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