
Miguel Araújo
Rita Carmo
Miguel Araújo: “[Na pandemia] as coisas mudam de hora a hora. Ninguém pode ficar refém das palavras que disse. Nós todos já [achámos] tudo”
23.01.2021 às 10h30
“Todos achámos que isto ia passar. Todos achámos que o Governo estava a fazer demais, que estava a fazer de menos”. Miguel Araújo afirma-se contra “perseguir as pessoas” por causa das inflexões em torno da crise pandémica. Para ouvir no Posto Emissor
No mais recente episódio do Posto Emissor, podcast da BLITZ, Miguel Araújo comentou o efeito que sente que a pandemia de covid-19 teve em si.
Em conversa com Luís Guerra e Lia Pereira, o cantor-compositor que acaba de lançar o álbum "Peixe Azul", revela que, além de lhe terem dado tempo de desenvolver técnicas de gravação mais apuradas, no seu próprio estúdio, os últimos meses fizeram com que tenha tido de treinar "a paciência e o conformismo".
"As coisas mudam muito hora a hora e ninguém pode ser confrontado com dizer uma coisa e passada uma hora dizer outra", defende Miguel Araújo, referindo-se às constantes inflexões da estratégia de combate à pandemia de covid-19 por parte do poder e das autoridades.
"Não se pode perseguir as pessoas por causa disso. Nós todos já achámos que isto ia passar, todos achámos que o Governo estava a fazer demais, que estava a fazer de menos...", exemplifica.
Pode ouvir esta resposta pelos 43 minutos e 15 segundos
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