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Billy Corgan abre o coração sobre a morte de Chris Cornell: “Já estive na sua pele milhares de vezes”
05.12.2020 às 11h00
“Não quero escrever a história do Chris Cornell, mas sei como é”. O líder dos Smashing Pumpkins confessa que se identifica com o estado psíquico que levou ao desmoronamento emocional do vocalista dos Soundgarden
Billy Corgan esteve à conversa com Howard Stern, no programa de rádio deste. O líder dos Smashing Pumpkins abordou a morte de Chris Cornell, admitindo que se consegue relacionar com o que terá passado pela cabeça do falecido músico.
"Já estive na sua pele milhares de vezes", disse. "Deste um concerto porreiro, mas não estás a ficar mais novo. Não tocaram numa arena, tocaram um teatro. Já estive numa dessas digressões da tanga. É preciso pertenceres a uma banda com vários anos para entenderes o que digo".
"Sei que há muita gente que adoraria tocar para 2500 pessoas, mas quando estiveste no topo e agora estás do outro lado... Não estou a julgar; o que quero dizer é que já passei por isso, várias noites, mesmo no pico de forma", continuou.
"Na minha versão do que se passou, ele decidiu, naquele momento, tirar a própria vida. Para mim isso fez sentido - mesmo que o suicídio em si não o faça, obviamente".
"Houve um período na minha vida em que onde quer que fosse era reconhecido, e um dia tudo parou. É assustador. E se fores inseguro, como a maioria dos artistas, começas a pensar que fizeste algo de errado. Não quero escrever a história do Chris Cornell, mas sei como é", acrescentou.
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