
Tiago Bettencourt
Rita Carmo
Tiago Bettencourt: “Não sou suficientemente alternativo para ser cool nem comercial o suficiente para chegar a toda a gente”
17.11.2020 às 14h42
“A história da minha carreira sou eu neste meio [termo]”, admite Tiago Bettencourt, recordando o sucesso “levado a mal” dos Toranja, “uma banda rock que ficou conotada como baladeira”, onde tocou para pessoas que não o queriam ouvir. Para ouvir no Posto Emissor
Entrevistado no Posto Emissor desta semana, Tiago Bettencourt falou sobre o impacto que 'Carta', o êxito dos Toranja, editado em 2003, teve na carreira da sua antiga banda,
“A 'Carta' chegou a um público que não era o dos Toranja”, considera o artista, que acaba de lançar o álbum “2019 Rumo ao Eclipse”. “Os Toranja eram uma banda rock que ficou conotada como baladeira, o que foi pena. A história da minha carreira sou eu neste meio [termo]: não sou suficientemente comercial para chegar a toda a gente nem suficientemente alternativo para ser cool”.
Ouça esta resposta pelos 36m 12s.
Relacionados
-
Tiago Bettencourt: “Mellon Collie, dos Smashing Pumpkins. Que álbum! E o que perdemos por não haver tempo para ouvir estas coisas hoje”
“No outro dia fez 25 anos do disco 'Mellon Collie and the Infinite Sadness', que vendeu uma estupidez. É um álbum duplo, com música estranhíssimas pelo meio. A disponibilidade que as pessoas tinham para ouvir este disco do início ao fim!”, sublinha Tiago Bettencourt, que considera que o 'shuffle' destruiu o conceito de disco e o público deixou de ser tão exigente. Para ouvir no podcast Posto Emissor
-
Tiago Bettencourt: “Nas redes sociais, se não pensares desta maneira é porque és burro. Há um fecho à opinião fora do politicamente correto”
“Parece que te dizem tudo aquilo que tens de achar sobre determinados assuntos. É uma coisa muito perigosa e faz com que muita gente se sinta pouco escutada”, considera Tiago Bettencourt, que acaba de editar o álbum “2019: Rumo Ao Eclipse”. Para ouvir no podcast Posto Emissor
-
Posto Emissor #37: BLITZ convida Tiago Bettencourt. Do “alter ego venenoso” à recusa dos extremismos
Tiago Bettencourt é o convidado desta semana do Posto Emissor. Com novo disco, “2019 Rumo ao Eclipse”, nas lojas, o músico português recorda os tempos em que, com os Toranja, chegou a um público que não era o seu e comenta vários temas da atualidade: as eleições norte-americanas, a carta aberta da direita portuguesa ou os condicionalismos nos concertos nos próximos fins de semana em grande parte do país. Neste episódio do podcast da BLITZ falamos ainda sobre o novo discos de Jeff Tweedy (dos Wilco), o filme-concerto dos Capitão Fausto e os 20 anos de carreira de Mariza
-
Ao Vivo na Redação. Tiago Bettencourt: “Temos de acreditar que tudo voltará a ser como era na música. Não ajuda é acreditar que é já amanhã”
Tiago Bettencourt é o convidado desta semana do Posto Emissor, o podcast da BLITZ. O músico falou-nos do novíssimo “2019: Rumo Ao Eclipse”, álbum que aborda a tensão (pessoal e mundial) do final dos anos 10 do século XXI, da colaboração com Mariza em 'Nuvem', e da necessidade de “respirar fundo” e “confiar no tempo” para enfrentar as armadilhas que a pandemia colocou à música ao vivo
-
Tiago Bettencourt: “Há artistas que são mais ‘influencers’ do que artistas. Não quero ser conhecido por ter uma família muito linda”
“[Fazem-no] porque vende e as pessoas são naturalmente cuscas”, afirma Tiago Bettencourt, referindo-se às ‘alfinetadas’ de uma canção do seu novo disco, “2019: Rumo ao Eclipse”. Para ouvir no podcast Posto Emissor