
Mark David Chapman
Getty Images
40 anos depois, assassino de John Lennon admite: “Fi-lo pela glória. Não tenho desculpa”
22.09.2020 às 12h38
Mark Chapman pede desculpa a Yoko Ono por ter assassinado John Lennon, há 40 anos
Mark Chapman, assassino de John Lennon, pediu desculpa à viúva do Beatle, Yoko Ono, 40 anos depois. Em agosto passado, foi-lhe negada novamente a liberdade condicional e Chapman disse, durante a audiência em Nova Iorque, que merecia a pena de morte por ter morto o músico, admitindo que o fez "pela glória".
"Quero apenas reiterar que lamento muito o meu crime", começou por dizer, "não tenho desculpa. Fi-lo pela glória. Penso que é o pior crime que se pode cometer: fazer algo a alguém que é inocente". Recorde-se que Chapman, disparou quatro tiros, que se revelaram fatais para Lennon, no exterior do apartamento do casal, no dia 8 de dezembro de 1980.
No seu pedido de desculpa, Chapman diz ainda: "Ele era extremamente famoso. Não o matei por causa da sua personalidade ou pelo tipo de homem que era. Era um homem de família. Era um ícone. Era alguém que falava de coisas que agora podemos falar e é ótimo. Assassinei-o porque ele era muito, muito, muito famoso e essa foi a única razão. Fui muito egoísta na minha busca por glória. Quero enfatizar isso. Foi um ato extremamente egoísta. Peço desculpa pela dor que causei à mulher dele. Penso nisso a toda a hora".
Apesar de a pena de morte ter sido abolida, no estado de Nova Iorque, em 2007, Chapman acrescentou: "Na minha opinião, quando planeias, de forma consciente, a morte de alguém e sabes que isso está errado e o fazes por ti próprio mereces a pena de morte. Algumas pessoas não concordam comigo, mas toda a gente tem uma segunda oportunidade nos dias que correm. Eu não mereço. Se escolherem manter-me na prisão para o resto da vida, não me posso queixar".
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