
Sérgio Godinho e David Fonseca
Álvaro C. Pereira/Arquivo BLITZ
David Fonseca: “Quando eu for grande, quero ser como ele. Parabéns Sérgio [Godinho], és o maior”
31.08.2020 às 18h35
Num texto no seu site oficial, David Fonseca dá os parabéns a Sérgio Godinho pelo 75º aniversário e recorda o momento em que o conheceu. “Estava nervoso. Muito nervoso”
David Fonseca deu os parabéns a Sérgio Godinho, que comemora hoje 75 anos, num texto no seu site oficial. O músico de Leiria recorda o momento em que conheceu Godinho, "o meu músico português preferido", em 1997 e algumas das colaborações que fez com ele, juntando vídeos e fotografias.
"Quando conheci pessoalmente o Sérgio Godinho em 1997 estava nervoso. Muito nervoso", começa por escrever o músico de Leiria, "tinha perdido a conta às horas que tinha passado a ouvir as suas canções e a ler as suas letras. Sabia muitas de cor e era uma espécie de herói pessoal que agora se materializava numa pessoa à minha frente, a dizer o meu nome e a tratar-me por tu".
Fonseca explica que a sua banda da altura, os Silence 4, convidou Godinho para escrever uma letra para uma canção que viria a chamar-se 'Sextos Sentidos' e seria incluída no álbum de estreia, "Silence Becomes It", editado em 1998. "Como se pode calcular, ficámos extasiados com a ideia de um dos maiores nomes da música portuguesa aceitar trabalhar connosco, uma banda completamente desconhecida que cantava maioritariamente em inglês".
"Sentados no sofá da casa dele, mostrou-me a letra para a canção e cantámos pela primeira vez juntos mesmo ali, eu de guitarra e o Sérgio a percorrer as palavras. É um momento que nunca esquecerei", recorda o músico antes de recapitular as outras colaborações. Em 2003 no tema 'A Balada da Rita' do álbum "Irmão do Meio", em 2004 ao vivo interpretando 'Um Tempo que Passou' e em 2018 com 'Grão da Mesma Mó', escrita por si para "o mestre".
"O Sérgio é uma inspiração todos os dias. É um músico inquieto, um poeta que conforta e incomoda, um rebelde com e sem causa. Não alinha com o quadro geral mas é impossível imaginar o quadro sem ele", conclui, "hoje faz 75 anos e tem mais 300 pela frente. Quando eu for grande, quero ser como ele. Ou o mais perto possível, porque como ele não há mais ninguém. Parabéns Sérgio, és o maior!".
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