
Getty Images
Quando Dave Navarro deixou a Fiona Apple uma mensagem escrita a sangue
26.04.2020 às 9h15
Nos anos 90, o guitarrista de Jane's Addiction e Red Hot Chili Peppers era a personificação do excesso rock and roll. Fiona Apple tinha acabado de sair da adolescência
O jornalista Drew Fortune editou, em 2019, um livro intitulado "No Encore!: Musicians Reveal Their Weirdest, Wildest, Most Embarrassing Gigs", que reúne entrevistas feitas com várias estrelas do rock.
Uma delas foi Dave Navarro, ponta-de-lança do excesso rock dos anos 90, e que narrou uma história que envolve Fiona Apple e uma mensagem escrita a sangue - o seu -, publicada pelo Consequence of Sound.
A história remonta a um concerto especial de Natal, acústico, que contava com a cantora e com os Jane's Addiction no alinhamento. "Eu era fã dela, e tinha uma paixoneta por ela", narrou Dave.
Antes de atuar, o músico passou o dia a injectar-se com cocaína e heroína, enchendo uma seringa com sangue. "A meio da minha loucura, pensei que entrar no camarim dela e escrever-lhe uma mensagem na parede, com o meu próprio sangue, seria um gesto muito romântico", relatou.
"Era o sangue que me dá vida aquilo que eu, simbolicamente, partilhava. Pensei que nos iríamos entender aos mais variados níveis, porque somos músicos e artistas com paixão. Na minha cabeça, era um grande gesto romântico, que ela acharia tocante".
Tal acabou por não ser o caso: segundo Navarro, a gerência do anfiteatro onde os concertos se dariam viu a mensagem na parede e questionou o músico. Uma hora depois, uma equipa da polícia forense entrou nos camarins de Fiona Apple para o desinfetar.
"No meu estado drogado, não conseguia compreender porque é que uma mensagem escrita a sangue, vinda de alguém que ela nunca conhecera, poderia ser assustadora", continuou. "Se alguém fizesse isso comigo, eu teria achado incrível. Isso mostra o quão doente estava".
Relacionados
-
Oito anos depois, chegou o novo álbum de Fiona Apple. Já pode ouvir “Fetch The Bolt Cutters”
O aguardado novo álbum da cantora e compositora norte-americano foi lançado esta sexta-feira. A “Pitchfork” deu-lhe nota 10