
Taylor Swift
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Já foram cancelados 4 dos 10 concertos da digressão europeia de Taylor Swift, cabeça de cartaz do NOS Alive
14.04.2020 às 12h58
Tem concerto agendado para o NOS Alive a 9 de julho, mas a digressão de Taylor Swift está neste momento reduzida a seis espetáculos em terras europeias. Cancelamentos de importantes festivais, devido à pandemia de covid-19, deverão continuar a ocorrer
Taylor Swift é uma das protagonistas dos festivais de verão europeus de 2020 e, seguramente, uma das artistas com o cachê mais alto dos festivais em Portugal este ano: tem concerto agendado para o NOS Alive, no dia 9 de julho.
Contudo, a artista norte-americana já viu quatro dos dez concertos que tinha agendados em festivais no velho continente serem cancelados devido à pandemia de covid-19: Glastonbury no Reino Unido, Roskilde na Dinamarca, Festival de Nimes em França e o BST Hyde Park, também no Reino Unido. Com uma digressão ceifada, neste momento, a quase metade da sua extensão original não é certo que a estrela norte-americana mantenha os planos de rumar à Europa no verão.
A digressão tem arranque agendado para 20 de junho no Werchter Boutique, em Werchter, na Bélgica, evento de um dia que conta ainda no cartaz com Ellie Goulding ou 5 Seconds of Summer. Neste momento e até dia 19 de abril, pelo menos, os eventos públicos na Bélgica estão proibidos. Na página oficial, pode ler-se que os preparativos continuam e "as equipas [do festival] estão a trabalhar arduamente", apesar de a campanha publicitária ter sido interrompida.
Os concertos que se seguem são no anfiteatro Waldbühne, em Berlim, e no festival Oslo Sommertid, em Oslo, na Noruega, respetivamente nos dias 24 e 26 de junho. Ambos os eventos se encontram ainda de pé, estando o de Berlim esgotado. O festival de Oslo conta também com Kendrick Lamar no cartaz, outro nome que marca presença no NOS Alive. Numa mensagem na página do evento, pede-se aos fãs para ajudarem a "salvar o verão" ficando em casa: "só juntos vamos conseguir assegurar um verão cheio de música, entretenimento, viagens, desporto e amizade".
A 28 de junho e a 1 de julho, Swift deveria atuar, respetivamente, nos festivais de Glastonbury e Roskilde, mas ambos os eventos, dois dos maiores do verão europeu, foram cancelados. No dia 3 de julho, contudo, deverá subir ao palco do Open'er Festival, em Gdynia na Polónia, que se realiza entre 1 e 4 de julho e conta também com atuações de Lamar, Twenty One Pilots ou The Cure. No site oficial do evento, lê-se num comunicado que a intenção é que o festival se realize mas que vão continuar a "acompanhar a situação" e que comunicarão qualquer eventual decisão futura.
No dia 5 de julho, Swift marcaria presença no Festival de Nimes, em França, mas, todos os concertos e festivais que se realizariam no país até meados de julho foram cancelados. O evento, que teria início a 16 de junho e finalizaria a 24 de julho, contava também com concertos dos Foo Fighters, Sting, Deep Purple, Black Eyed Peas ou Lenny Kravitz.
O Mad Cool Festival, em Madrid, Espanha, conta com a artista norte-americana a 8 de julho, apenas um dia antes do concerto no NOS Alive. Do cartaz do evento, que se mantém, fazem também parte Billie Eilish, Faith No More, Charli XCX, Khalid, Alt-J, Cage The Elephant, Anderson .Paak ou Haim, tudo artistas partilhados com o festival de Algés. Na página oficial do evento não há qualquer referência a eventual cancelamento ou adiamento, estando apenas uma mensagem nas redes sociais semelhante à do Oslo Sommertid: "salvem o verão". A maior parte dos grandes festivais espanhóis, refere o El País, afirma que só cancelará as suas edições de 2020 se o governo assim o ordenar.
Quanto ao NOS Alive, Álvaro Covões remeteu para o final de abril uma decisão sobre a edição deste ano. O festival de Algés realiza-se entre 8 e 11 de julho e tem Swift como cabeça de cartaz do segundo dia.
Antes de regressar ao continente americano, Swift tinha também concerto marcado no BST Hyde Park, em Londres, no dia 11 de julho, evento que já foi cancelado. "Depois de seguir de perto as ações e declarações do governo durante a pandemia de Covid-19, bem como de consultar os nossos parceiros, concluímos que esta é a única solução possível", lê-se no comunicado publicado no site do festival, "a segurança está sempre primeiro".
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