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Guns N' Roses parados devido à pandemia: “Temos 80 pessoas na equipa que estão aterrorizadas neste momento”
14.04.2020 às 9h35
Digressão europeia dos Guns N' Roses, com arranque agendado, para Portugal está em risco. Banda diz ter 80 profissionais em risco de perder os seus empregos
Duff McKagan, baixista dos Guns N' Roses, abordou a pandemia do novo coronavírus, mostrando-se preocupado com os membros da 'entourage' da banda.
O músico tem-se mantido em isolamento desde março, juntamente com a sua família, em Los Angeles. "Isto é algo exponencial, que acontece quando as pessoas não ficam em casa", afirmou em entrevista ao podcast "The Triple R", do ex-apresentador da MTV Riki Rachtman. "É muito importante que o façam. Não saiam de casa".
Recorde-se que a banda deveria iniciar uma digressão europeia a 20 de maio, no Passeio Marítimo de Algés, em Portugal, que se deveria prolongar até ao dia 27 de junho, com um espetáculo na República da Irlanda.
Porém, tendo em conta o impacto da pandemia, e à luz do previsível lento regresso à normalidade no continente europeu, parece altamente improvável que a mesma venha a ter lugar nas datas respectivas, não havendo contudo ainda qualquer informação relativa a adiamento da mesma.
Eventos que decorrem posteriormente, como é o caso de festivais, já foram cancelados ou adiados - e os Guns N' Roses já se viram forçados a adiar para novembro e dezembro concertos na América do Sul, pelos mesmos motivos.
Tudo somado, o baixista não esconde a sua preocupação: "não sei qual será o impacto disto no emprego", afirmou. "A minha maior preocupação, para já, é manter empregadas as pessoas que trabalham comigo. Temos 80 pessoas na equipa que estão aterrorizadas, neste momento".
"Temos de descobrir o que iremos fazer e impedir que fiquem sem casa, ou algo do género. A única coisa que posso fazer é manter empregadas as pessoas que trabalham comigo. Julgo que é uma responsabilidade, e um ato patriótico - quer estejam ou não a trabalhar".
McKagan promete, ainda, regressar com os Guns N' Roses às cidades por onde tem passado. "Temos essa responsabilidade. Não podemos fazê-lo até que seja seguro, pelo que ficamos por aqui sentados a falar sobre isso. Tentamos manter-nos a par de tudo o que acontece diariamente", acrescentou.
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