
Live Nation Entertainment
Live Nation, a maior promotora de concertos do mundo, afunda-se
19.03.2020 às 8h30
Há um mês valia 16 biliões de dólares. Em plena pandemia de Covid-19, com o forte abalo na indústria musical, vale menos de cinco
Em plena crise do Covid-19 e com o mundo dos espetáculos ao vivo parado, entre cancelamentos de grandes digressões e festivais, a Live Nation, a maior empresa de entretenimento ao vivo do mundo, viu o preço das suas ações cair quase 13% esta terça-feira na bolsa de Nova Iorque, atirando a gigante sediada nos Estados Unidos e liderada por Michael Rapino para um valor de mercado de 6,3 biliões de dólares (pouco mais de 5,8 mil milhões de euros).
A empresa, que detém participações em diversos festivais em todo o mundo (é dona de 60% do Rock in Rio), tinha a 19 de fevereiro último, segundo o Music Business Worldwide, um valor de mercado de astronómicos 16,34 biliões (cerca de 14 mil milhões de euros), tendo portanto derrapado quase dois terços em apenas um mês.
A esta queda não serão alheios dois cancelamentos relevantes anunciados terça-feira: o da edição deste ano do festival inglês de Glastonbury, que deveria ter lugar no final de junho, e o do festival da Eurovisão, com data agendada para maio, nos Países Baixos. Por sua vez, o festival norte-americano Bonnaroo, previsto para junho, adiou a sua realização para setembro. Há alguns dias, também o norte-americano Coachella - que estaria à porta, já que deveria ter lugar em dois fins de semana de abril - anunciou a passagem da sua edição deste ano para outubro.
Em Portugal não há, por ora, nota do cancelamento de grandes festivais. Em declarações à BLITZ, esta terça-feira, Álvaro Covões, responsável máximo pelo NOS Alive, mostrou confiança na realização do mesmo, apesar dos indicadores de incerteza vindos de fora. Fora de questão estará, contudo, a realização de concertos na Altice Arena, em abril, de Nick Cave e Bon Iver, espetáculos que o diretor-geral da Everything Is New pretende reagendar.
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