
João Carvalho, diretor do festival Vodafone Paredes de Coura
Hugo Lima
João Carvalho, diretor do Vodafone Paredes de Coura: “Quero que o festival aconteça, mas acima de tudo quero ter as pessoas seguras”
13.03.2020 às 14h43
O diretor do festival minhoto salienta a gravidade do surto de coronavírus e deixa uma mensagem de esperança e solidariedade. “Espero que em agosto olhemos para trás e pensemos num momento negro e dramático que já passou”
João Carvalho, diretor do festival Vodafone Paredes de Coura, falou à BLITZ sobre o impacto do novo coronavírus no meio dos festivais e mais concretamente na realização do Vodafone Paredes de Coura.
Tendo em conta que o festival minhoto acontece em agosto, João Carvalho diz ter esperança de que a doença (considerada esta semana pela Organização Mundial de Saúde uma pandemia) não comprometa a sua realização.
Porém, mais importante do que pensar apenas na realização de concertos e festivais, acredita o promotor de Paredes de Coura, "é seguir as indicações da Direção-Geral de Saúde e fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para debelarmos a pandemia".
"Quero que o festival aconteça, e tenho quase a certeza de que vai acontecer, mas também quero ter as pessoas seguras", sublinha, garantindo que a organização do festival acatará todas as recomendações das autoridades.
Preocupado com o impacto do novo coronavírus no mundo do espetáculo, o que afetará não só músicos e promotores como "técnicos de som, luz, chefes de palco", João Carvalho deixa porém uma mensagem de esperança e um apelo à solidariedade. "Claro que estou preocupado com o festival, mas acima de tudo estou preocupado com o mundo. Mas acredito que em agosto a coisa esteja resolvida".
João Carvalho revelou que tem continuado a fechar acordos com bandas para o cartaz desta edição do Vodafone Paredes de Coura, contudo prefere não anunciar quais por enquanto; mais importante, refere, é alertar para a necessidade do combate ao novo coronavírus.
Até ao momento, nenhum artista cancelou a sua presença no Vodafone Paredes de Coura. A Ritmos, empresa por detrás do festival, adiou apenas o concerto de Ziggy Alberts, no Capitólio, em Lisboa (marcado para maio, passa a realizar-se em outubro).
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