






















Devorar uma francesinha, fazer uma tatuagem, cortar a barba, comer um bao. O NOS Primavera Sound é mais do que música
08.06.2019 às 19h01
Uma viagem ao 'mundo paralelo' do festival do Porto, onde num só dia pode ver a estrela do flamenco-pop Rosalía, comprar um vinil dos Interpol e provar uma empanada das ruas de Buenos Aires. Bom apetite!
Se esta rua fosse minha...
O NOS Primavera Sound chega hoje ao fim - e sobre música, se ainda não estamos conversados, pouco faltará (mas calma, ainda vem aí a catalã Rosalía, o veterano brasileiro Jorge Ben Jor, a não fotografável - porque não deixa - Erykah Badu).
Mas sim, dizíamos, se esta rua fosse minha... Bowls de tapioca, fumeiros nacionais em pão caseiro, cachorros de Cascais a 200 metros de Matosinhos (o mar é de todos), 'fire food' em toda a linha (cuidado com a), novas tendências da alimentação festivaleira - hipster ou não, você decide (depois de comer) -, sanduíches com nomes de sentimentos e estados de espírito (ora agora apetece-me paixão, porque sim), o queijo da serra é a nova mostarda (vai com tudo), guacamole, guacamole, guacamole.
Acima de um dos palcos mais influentes do festival (aqui vimos Jarvis Cocker dominar as feras) há a rua da comida de rua. Não é bem a rua da comida (a 'praça da alimentação' é mais abaixo, com igualmente - e tantas vezes já evocada - bifanas da Conga e sandes da Casa Guedes e aqueles lanches mistos da Padari... não, esta fica só para nós). É mesmo a rua da comida de rua, das roulottes chic, das Ásias, dos Méxicos, das francesices (não, francesinhas é também mais abaixo, e vêm em caixa!). Comida de rua, cozinha de autor, feita e casa e com amor - não, não provámos tudo, isto é mesmo o que eles dizem. Sim, há baos chineses; sim, há batata frita doce (como em Nova Iorque, como em Cedofeita, como em Marvila); sim, há empanadas argentinas (como err... em Buenos Aires?)... e sim, há um serviço de estafetas que nos leva tudo às mãos para que o piquenique seja perfeito. Esplendor na relva.
Vamos dar uma volta. Fazer a barba? Check. Beber vinho do Douro? Check. Dormir a sesta? Check. Pôr uma flor no cabelo como em São Francisco 1967? Check. Uma tatuagem nova? Check. Gelados e chás? Chapa aí outra vez.
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