






















Não foi um concerto, foi uma manifestação. E os artistas não faltaram no Campo Pequeno
21.11.2020 às 15h55
O Campo Pequeno, em Lisboa, foi este sábado de manhã palco da “Manifestação pela Cultura”, promovida por promotores e técnicos de espetáculos, em defesa de um setor que se encontra em crise. Estas são as imagens do protesto, onde marcaram presença músicos como Mariza, Carlão, Boss AC, Rita Redshoes, Tony Carreira, Kalú dos Xutos ou Fernando Ribeiro dos Moonspell
O Campo Pequeno, em Lisboa, foi este sábado palco da "Manifestação pela Cultura", promovida pela Associação de Promotores de Espetáculos, Festivais e Eventos (APEFE) e pela Associação Portuguesa de Serviços Técnicos para Eventos (APSTE). A manifestação teve início às 10h30 dentro do Campo Pequeno, como se de um espetáculo se tratasse. De acordo com a APEFE, "cumprindo as regras impostas pela Direção-Geral da Saúde", e com a capacidade da sala lisboeta limitada a 2 mil pessoas.
Mariza, Carlão, Boss AC, Rita Redshoes, Ana Bacalhau (Deolinda), Agir, Hélio Morais (Linda Martini) Kalú (Xutos & Pontapés), Toni Carreira, Fernando Ribeiro (Moonspell), Marisa Liz (Amor Electro), Samuel Úria e Áurea foram alguns dos artistas que marcaram presença.
Na quarta-feira, a associação revelou o "Manifesto pela Sobrevivência da Cultura em Portugal", texto assinado pela direção da APEFE - da qual fazem parte os promotores de espetáculos Sandra Faria (Força de Produção), Álvaro Covões (Everthing Is New), Paulo Reis (UAU), Luís Pardelha (Produtores Associados) e Ana Rangel (Plano 6) - no qual se afirma que “a cultura em Portugal está a colapsar” e que é chegada a hora de “os decisores políticos dizerem o que querem para Portugal no que respeita à Cultura”.
“É chegado o momento de nos dizerem, a todos nós, os 130 mil trabalhadores deste país, se somos merecedores de um tratamento e de um olhar em detalhe para o nosso setor”, escreve-se. Lembrando que o mercado dos eventos culturais registou, entre janeiro e outubro deste ano e devido à pandemia de covid-19, uma quebra de 87% face a 2019, a APEFE estima que, com as medidas das últimas semanas ou um novo confinamento, esta quebra possa chegar aos 90%.
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